Por que Aécio Neves?

Período de eleição e todos nós somos chamados a escolher aquilo que queremos para o nosso futuro e para o nosso país, em 2010, o povo brasileiro escolheu Dilma em detrimento do candidato das oposições José Serra, hoje, olhando para as pesquisas de opinião, a rejeição de quase 40% da presidente Dilma e as suas intenções de votos para reeleição estacionadas em torno dos 35%, mostram que em algum momento o eleitor se enganou, ou em 2010 quando a elegeram ou estão enganados agora quando a estão rejeitando.
Fiz esta breve introdução, para demonstrar o quanto escolhas equivocadas em se tratando de eleições, impactam diretamente na qualidade de vida das pessoas, em 2010 perdemos a chance de eleger um líder testado e aprovado para fazermos uma experiência que quatro anos mais tarde se mostrou mal sucedida. Agora estamos diante de outro impasse, as eleições nos oferecem três alternativas viáveis, a presidente Dilma Rousseff PT, a ex ministra e ex candidata em 2010 Marina Silva PSB, e o senador e ex governador de MG Aécio Neves PSDB, começarei tratando da presidente Dilma, candidata à reeleição. Em aspectos políticos, a reeleição de Dilma significará 16 anos de PT no poder, o que pode demonstrar uma certa fragilidade da democracia brasileira, visto que nenhum grupo perdurou tanto tempo no poder em períodos democráticos, apenas o PTB durante a ditadura Vargas e a ARENA durante o regime militar duraram tanto tempo. A semelhança de Dilma com os períodos militares vão além da longevidade do seu grupo no poder, a presidente candidata a reeleição, guarda íntima relação com o governo do general Geisel em se tratando de condução da economia. Tratam-se de práticas atrasadas e arcaicas como populismo fiscal, promiscuidade entre o orçamento e as estatais (BNDES no caso atual) para crescer a economia a força, controle inflacionário via represamento de preços públicos com política monetária frouxa, manipulação cambial com vistas a alimentar um recorde passivo externo. Este é o legado de Dilma na economia, e seja ela, ou seja outro candidato que assuma em 1º de janeiro haverá de realizar um sério ajuste na economia brasileira. Enfim, concordando ou não, a candidata do PT representa um projeto de desenvolvimento, no meu entender atrasado, com vistas a intervencionismos, ampliação da participação do Estado na economia, mas um projeto de desenvolvimento. Marina Silva é um incógnita nestas eleições, assumiu a cabeça de chapa após o terrível desastre que matou o ex governador Eduardo Campos e não se sabe ao certo o que esperar de um possível governo seu. Vinda de um Estado pequeno, a ex ministra não tem grupo, e nem sequer partido, o PSB é a sua terceira legenda em 6 anos, o que a coloca como uma candidata messiânica. Candidatos messiânicos do melhor estilo Leonel Brizola, e Fernando Collor ecoam nas sociedades sempre em períodos de crise, principalmente em países com pouca tradição democrática, quase sempre quando eleitos produzem grandes desastres primeiro por apontar soluções simples e imediatas para problemas complexos, segundo por não terem base de sustentação e Marina tal como Collor não tem sequer um governador do lado. Diz que caso eleita vai trazer para o governo os melhores do PSDB e do PT para garantir a governabilidade, o que de fato é um devaneio, tanto PT como PSDB tem projetos próprios para o país, e dificilmente irão compor um governo de terceiros. Do prisma da economia, Marina é assessorada por alguns bons economistas André Lara Resende e Eduardo Gianetti são profissionais respeitados que colocaram no programa de governo da candidata algumas ideias viáveis como autonomia operacional do Banco Central, o restabelecimento do tripé macroeconômico com responsabilidade fiscal, metas de inflação e liberalização cambial, enfim, seu programa de governo na economia se aproxima muito do programa de Aécio Neves. Entretanto, estas são medidas que Marina criticou no passado e não é possível saber se em um eventual governo seu, prevalecerá a visão atual da candidata ou sua visão histórica, em outras palavras Marina não tem tradição de defender as chamadas políticas pró mercado que hoje ela propõe. Portanto não se sabe até que ponto seu discurso é sincero ou é mero oportunismo percebendo o desgaste do atual modelo de desenvolvimento. Por fim Aécio Neves, apesar de jovem, uma longa trajetória e uma larga folha de serviços prestados como deputado, presidente da câmara, governador por dois mandatos e senador. Aécio representa verdadeiramente o projeto alternativo de desenvolvimento que Marina está tentando usurpar para si. Aécio incorpora em seu programa de governo o restabelecimento do tripé macroeconômico, e quanto a isto não podemos ter dúvida, pois foi criado durante os governos tucanos, no campo social há nítido interesse na manutenção dos programas de renda mínima como Bolsa Família, mas também pela manutenção da política de valorização do salário mínimo iniciada com o plano Real. Mas não só, a eleição de Aécio significa recolocar o Brasil no caminho do crescimento e da competitividade, para isto é necessário retomar a agenda de reformas abandonadas nos 12 anos de PT, a reforma tributária que prevê a unificação do ICMS pelos Estados brasileiros e a criação unificação do PIS, COFINS e IPI em um único IVA, a reforma trabalhista com vistas a dar mais dinâmica ao nosso mercado de trabalho, reforma política e tantas outras que são necessárias para restabelecer um ambiente de negócios favorável para nossa economia. Por isso voto e peço o seu voto para Aécio Neves, ele tem grupo, o PSDB elegerá de 7 a 9 governadores, uma bancada de mais de 60 deputados federais, uma média de 15 senadores, e suas ideias e propostas são viáveis e coerentes com sua história, sua trajetória e a trajetória de seu partido.

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